• Direto no Ponto

Eua

now browsing by tag

 
 
Posted by: | Posted on: julho 30, 2020

PIB dos EUA desaba 32,9% no 2º trimestre com impacto do coronavírus, queda mais brusca em pelo menos 70 anos

O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos desabou 32,9% no segundo trimestre de 2020 em termos anualizados, mostrou a primeira estimativa do Departamento de Comércio do país nesta quinta-feira (30). Foi a queda trimestral mais brusca da atividade da maior economia do mundo em pelo menos 70 anos, uma vez que não havia divulgação trimestral do PIB durante a Grande Depressão da década de 1930.

Segundo o consenso Bloomberg, a expectativa mediana dos economistas para o dado era de uma queda 34,5% na comparação anualizada com o primeiro trimestre deste ano. Nos primeiros três meses de 2020 o PIB dos EUA já havia sofrido uma contração de 5%.

Este dado dá a dimensão do impacto econômico que teve a pandemia do coronavírus, mas o mercado já esperava conforme disseram analistas, um número “catastrófico”.

Na Grande Depressão, a economia americana encolheu 12,9%, segundo a CNN.

A contração do PIB americano em tamanha dimensão sinaliza como a recuperação deve ser mais lenta que o incialmente imaginado, com reflexos sobre as eleições americanas neste ano.

Os EUA ensaiaram uma retomada das atividades a partir de maio, mas uma recente onda de infecções de Covid-19, especialmente nas densamente povoadas regiões Sul e Oeste, onde autoridades estão fechando as empresas de novo ou dando uma pausa na reabertura, pode travar esse caminho.

Foto: Reuters

Posted by: | Posted on: janeiro 7, 2020

Um paradoxo chamado Trump

D Trump

De um lado, o isolacionista que quer evitar guerras. De outro, o valentão que quer matar todos os terroristas. Quem o presidente americano será diante do desafio iraniano?

É patente a falta de estratégia americana para lidar com as consequências do ataque que matou o general iraniano Qassem Soleimani na última sexta-feira. Basta, para convencer-se disso, acompanhar a contradição entre os fatos que se sucedem a cada dia.

Logo depois do ataque, o presidente Donald Trump aceitou mandar reforços militares à região para enfrentar a provável retaliação do Irã. Falou-se no envio de mais 3.000 soldados. Trump mencionou uma lista com 52 alvos a atingir – referência aos 52 americanos mantidos como reféns na embaixada de Teerã depois da revolução islâmica de 1979 –, entre eles sítios históricos e culturais.

Pois ontem veio à tona um memorando de um general americano, depois desmentido pela cúpula do Departamento de Defesa, aceitando a resolução do Parlamento iraquiano que determinou a retirada dos 5.200 soldados ainda mantidos pelos Estados Unidos no Iraque, sob o pretexto de combater o Estado Islâmico (EI).

Qual, afinal, é a intenção dos americanos: enviar tropas ou retirar tropas? Não é a primeira vez que Trump vacila diante do que fazer. Quando um drone americano foi derrubado depois de entrar no espaço aéreo iraniano, no ano passado, ele primeiro considerou um ataque, depois desistiu. A própria decisão de abater Soleimani, de acordo com os relatos, supreendeu os militares.

A hesitação reflete uma contradição intrínseca à concepção que Trump tem das guerras externas em que os americanos estão envolvidos. De um lado, ele é o isolacionista que ordenou a retirada das tropas da Síria e quis sair também do Afeganistão. Não aceita o papel de “polícia do mundo” defendido por antecessores. De outro, é o valentão que quer matar todos os terroristas e exibir a “grandeza” americana.

O Trump isolacionista prefere confiar em aliados regionais para estabilizar os conflitos. Não importa se são tiranos como o ditador sírio Bashar Assad, o egípcio Abdel Fatah al-Sisi ou o príncipe saudita Mohammed Bin Salman. Para esse Trump, melhor um autocrata confiável que garanta a estabilidade do que tentar exportar a liberdade ou a democracia, postura adotada por seus dois antecessores.

Se é verdade que a democracia implantada no Iraque depois da Guerra do Golfo não deu lá muito certo (o Parlamento é composto basicamente por grupos étnicos ou religiosos que não abriram mão de seu poderio militar regional), o isolacionismo de Trump também tem limites.

No Oriente Médio, desde o início do mandato ele procurou estabelecer uma relação mais próxima com a Arábia Saudita (fora a que os Estados Unidos já mantinham com Israel). Deu apoio financeiro e enviou armas aos sauditas, mas nada disso funcionou para estabelecê-la como potência incontestável diante do Irã. Não acabou com a guerra no Iêmen contra os Houthis, nem deteve o poderio iraniano na Síria e no Iraque.

É aí que entra em ação um outro Trump, aquele que na campanha eleitoral prometia “bombardear até a m… do Estado Islâmico”, atacou furiosamente a Síria em 2017, quando Assad foi acusado de lançar armas químicas, e decidiu revidar as provocações iranianas nos últimos meses matando Soleimani.

É o Trump que acredita em matar terroristas como única forma de combater o terror, não tem paciência para discussões detalhadas sobre objetivos militares e concebe as ações de guerra exclusivamente como atos de força – como lutadores num ringue de vale-tudo. O Trump que quer agir de modo simples, rápido e violento.

Derivam daí os choques frequentes com os militares profissionais, cuja ação depende não de impulsos ou da vontade de demonstrar força, mas de estratégia e objetivos políticos. Exemplo disso foi o pedido de demissão do general John Mattis no final de 2018, inconformado com a decisão de retirar as tropas americanas da Síria e com a traição que isso representaria aos aliados curdos.

Como os dois Trumps convivem numa única mente, o resultado é a postura errática, por vezes contraditória. Quando moderada pelos fatos ou pela estratégia já estabelecida, pode até funcionar. É o caso da Síria, onde Trump mudou muito pouco na política do governo Obama para combater e exaurir o Estado Islâmico. Era, até a semana passada também o caso do Iraque, por motivo similar.

A morte de Soleimani, contudo, torna mais explícito o paradoxo chamado Trump. Ele está diante de um desafio sem precedente. O principal risco, como escrevi ontem, está na retomada do programa nuclear iraniano. Não se trata de uma questão que possa ser resolvida por um ataque de precisão, como o que matou Soleimani. Uma guerra de joystick – modalidade preferida tanto por Obama quanto por Trump – será incapaz de desmantelar as instalações subterrâneas onde as centrífugas enriquecem urânio.

Foi tal percepção que levou Obama a estabelecer a negociação com o regime dos aiatolás, apesar da postura traiçoeira e das mentiras com que o Irã tratava seu programa nuclear. O acordo fechado em 2015 era imperfeito e cheio de buracos, mas pelo menos adiava a bomba iraniana uns dez ou quinze anos. Ao rompê-lo, Trump desencadeou uma escalada que o deixou sem opção melhor.

Se vestir o boné de golfe do Trump isolacionista, a bomba iraniana estará mais próxima, talvez a menos de um ano do primeiro teste, com consequências dramáticas para o equilíbrio geopolítico ou para o fornecimento de petróleo à economia global. Se puser o chapéu de caubói do Trump valentão, poderá desencadear uma nova guerra no Golfo, a terceira em trinta anos. As anteriores comprovam que, por lá, ter mais força não basta para vencer.

Fonte: G1

Posted by: | Posted on: outubro 28, 2019

Dólar opera em queda, abaixo de R$ 4, com Argentina e política monetária no radar

pesodolar1

Na sexta-feira, a moeda norte-americana recuou 0,90%, a R$ 4,0079 – menor patamar desde 16 de agosto.

O dólar opera em queda nesta segunda-feira (28), em semana marcada por reuniões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, com agentes do mercado de olho na vizinha Argentina depois da vitória de Alberto Fernández nas eleições gerais.

Às 15h09, a moeda norte-americana caía 0,53%, vendida a R$ 3,9865.Na mínima, o dólar chegou a R$ 3,9729.

Na sexta-feira, a moeda norte-americana recuou 0,90%, vendida a R$ 4,0079 – menor patamar de fechamento desde 16 de agosto (R$ 4,0026). Na semana passada, a moeda norte-americana caiu 2,69%. Em outubro, acumula queda de 3,54%. No ano, no entanto, tem alta de 3,45%.

Cenário externo

“Temos uma série de fatores positivos acontecendo, aliás, tudo o que está acontecendo geopoliticamente é positivo. Um fator de atenção seria a eleição na Argentina, mas isso tende a ser um fator muito local e não deve ter força para afetar o dólar individualmente”, afirmou Jefferson Laatus, sócio fundador do Grupo Laatus, à Reuters.

Os peronistas voltaram ao poder na Argentina, no domingo, com a vitória do candidato Alberto Fernández sobre o presidente neoliberal Mauricio Macri com uma vantagem confortável, em uma eleição que desloca a terceira maior economia da América Latina para a esquerda depois de sofrer uma profunda crise econômica.

Segundo Laatus, grande parte do otimismo no mercado nesta segunda também se deve em parte a expectativas de cortes de juros nos EUA nesta semana. Os juros futuros dos EUA indicavam que operadores veem 86,1% de chance de o Federal Reserve cortar os juros para um intervalo entre 1,50% e 1,75% em sua próxima reunião, de acordo com a ferramenta Fedwatch do CME Group.

Cenário local

Na cena doméstica, a expectativa também é de mais cortes na Selic, com apostas de que o Banco Central reduza a taxa de juros para uma mínima recorde de 5% na quarta-feira, de acordo com a visão unânime em pesquisa da Reuters com economistas.

No entanto, Laatus afirma que o cenário não é muito promissor para que o dólar continue operando abaixo do nível de R$ 4 no curto prazo.

“Não temos grandes motivos para continuar abaixo de 4 reais. A tendência na semana é que tudo fique oscilando próximo da estabilidade, mas acima de 4 por dólar.”

Nesta segunda-feira, o BC vendeu todos os 525 milhões em moeda spot ofertados, além de todos os 10.500 contratos de swap reverso (de oferta de 10.500 contratos). Adicionalmente, a autarquia também realizará leilão de rolagem de até US$ 1,5 bilhão em linha de moeda estrangeira com compromisso de recompra.

Fonte: G1