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Em três estados do país, desemprego já está abaixo de 3%. Média nacional cai para 6,4%

Posted by: | Posted on: novembro 23, 2024

No terceiro trimestre deste ano, o desemprego no Brasil caiu para 6,4% — uma redução de 0,5 ponto percentual frente ao segundo trimestre (6,9%) —, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (dia 22). Este é o menor índice para o período desde o início da série histórica, iniciada em 2012. Em três estados do país, a taxa de desemprego já é inferior a 3%. Por outro lado, em Pernambuco, supera 10%.

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Dez estados brasileiros alcançaram, no terceiro trimestre, as menores taxas de desemprego de suas séries históricas Entre eles estão estados populosos e com economias mais diversificadas, como São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, além de estados como Rondônia, Amapá, Ceará, Paraíba, Alagoas, Sergipe e Espírito Santo.

São Paulo, que abriga a maior metrópole do país, atingiu taxa de desemprego de 6%, a menor já observada na série histórica. Mato Grosso, por exemplo, chegou à mínima de 2,3%.

Segundo William Kratochwill, analista da pesquisa do instituto, os dados indicam que o mercado de trabalho está aquecido em diferentes regiões do país. Cada uma delas é impulsionada por suas particularidades, com diferentes atividades concentrando a maior parte das ocupações.

— No caso de Rondônia, (a mão de obra) está concentrada no comércio e na administração pública. Já em Santa Catarina, é a indústria geral que tem maior ocupação. Em Mato Grosso, administração pública, comércio e agricultura são os três mais apoiadores.

As menores taxas de desemprego (estados com índice menor do que a média nacional):

Rondônia: 2,1% Mato Grosso: 2,3% Santa Catarina: 2,8% Mato Grosso do Sul: 3,4% Paraná: 4% Espírito Santo: 4,1% Tocantins: 5% Rio Grande do Sul: 5,1% Goiás: 5,1% São Paulo: 6% Roraima: 6,2%

As maiores taxas de desemprego (estados com índice maior do que a média nacional):

Pernambuco: 10,5% Bahia: 9,7% Rio Grande do Norte: 8,8% Distrito Federal: 8,8% Rio de Janeiro: 8,5% Sergipe: 8,4% Amapá: 8,3% Amazonas: 8,1% Piauí: 8% Paraíba: 7,8% Alagoas: 7,7% Maranhão: 7,6% Acre: 7,4% Pará: 6,9% Ceará: 6,7%

Desemprego cai em sete estados

Segundo o IBGE, sete das 27 unidades da federação registraram redução da taxa de desemprego no terceiro trimestre, em relação ao trimestre anterior, segundo dados da Pnad Contínua, divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE.

Tiveram queda na desocupação Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Rondônia e Bahia. Já nos outros estados a taxa se manteve estável, com leves oscilações para cima ou para baixo.

Para Kratochwill, a queda do desemprego no período tem relação com a chegada do segundo semestre do ano.

— Esse é um período em que as indústrias iniciam o ciclo de contratações voltado à produção e formação de estoques, visando a atender ao aumento do consumo no final do ano. No último trimestre, a ocupação na indústria registrou um acréscimo de mais de 400 mil vagas — destaca.

Desemprego de longo prazo recua

A pesquisa mostra ainda que o desemprego recuou acima dos 10% em todas as faixas de tempo de procura por trabalho. O número de pessoas que buscavam trabalho por dois anos ou mais recuou para 1,5 milhão, o menor valor para um terceiro trimestre desde 2014.

A economia aquecida, segundo o analista do IBGE, se reflete na diminuição do tempo de busca por trabalho.

— Como consequência, reduz-se o número de pessoas que estavam há mais de dois anos procurando por uma ocupação — observa Kratochwill.

Desemprego maior entre mulheres, pessoas pretas e com baixa escolaridade

Apesar do quadro positivo do mercado de trabalho, permanecem as desigualdades de gênero e cor. A taxa de desemprego foi de 5,3% para os homens no terceiro trimestre, enquanto para as mulheres, ficou em 7,7% no mesmo período.

Já a taxa de desocupação por cor ou raça ficou abaixo da média nacional para os brancos (5%) e acima para os pretos (7,6%) e pardos (7,3%).

Em termos de escolaridade, o desemprego foi mais alto entre pessoas com ensino médio incompleto. O percentual era de 10,8% no terceiro trimestre, mais de três vezes superior à taxa de 3,2% observada entre aqueles com ensino superior completo. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 7,2%.

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